"Em
outubro passado, Lot disse a seus “assassinos” para não prejudicar os cristãos
que estavam pescando", disse uma fonte local (que ficou no anonimato por
razões de segurança). "Disse-lhes que os cristãos são pessoas como todas
as outras que precisam alimentar suas famílias."
"Ele
também repreendeu um grupo de viciados em drogas que usaria a igreja para se
drogar", acrescentou a fonte. "Foi o que aconteceu no ano passado,
quando muitos cristãos deixaram a aldeia durante o cerco (de Zamboanga City em
setembro de 2013). Ele e outros líderes muçulmanos disseram para não profanar
lugar de culto dos cristãos que, como os muçulmanos não querem que suas
mesquitas sejam utilizadas de forma profana".
Os
suspeitos podem ser encontrados andando livremente pela vila, empunhando suas
pistolas. Os cristãos locais temem repercussões agora que Lot, seu único
defensor, está desaparecido. Seu líder da igreja tomou precauções extras quando
entrar na aldeia para realizar reuniões de oração, comunhão e estudo Kitab
(Bíblia).
Lot
havia mencionado os nomes dos seus assassinos antes de morrer. Disse que
pessoas influentes haviam se envolvido no massacre de oito pescadores da tribo
Sama, em outro incidente na vila Sangali, em 2013.
"[Muçulmanos]
parentes de Lot estão conspirando para vingar sua morte", disse a mesma
fonte, "mas seus parentes cristãos estão junto à sua viúva, para que a
vingança não seja levada à diante."
Tribos
muçulmanas no sul das Filipinas resolvem suas disputas através de um ciclo de
vingança entre famílias. Ao invés de abrir um processo na delegacia de polícia,
os familiares da vítima agora tramam para vingar a morte de Lot, alegando que a
vida de outros membros da família pode estar em risco.
"Um
de nossos colaboradores é um parente da viúva de Lot", disse o colaborador
da Portas Abertas no sul das Filipinas. "Porque Lot é um simpatizante
conhecido dos cristãos daquele lugar, o início de vingança colocará em risco a
vida de todos aqueles ligados ele por sangue e casamento."
"Ore
pelos cristãos de Sama", disse a fonte da Portas Abertas. "Eles
esperam dificuldades à frente, não só na prática da fé, mas também na condução
de seus meios de subsistência. Antes de seu assassinato, Lot defendeu-os dos
piratas muçulmanos que iriam matá-los e roubar seus barcos quando eles estavam
no mar. "
Nome alterado por motivos de segurança.
Fonte: Portas Abertas
Tradução: Regina
Andrade
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